Rimsha Masih, 14 anos, é uma das poucas pessoas que escaparam de condenação das fortes leis religiosas, depois que testemunhas apareceram dizendo que as provas foram plantadas contra ela. O caso ganhou notoriedade mundial, ainda mais após surgir boatos de que a menina poderia ter Sindrome de Down.
Rimsha Masih sendo protegida ao sair da prisão. |
Em uma reviravolta histórica, três funcionários da mesquita local acusaram o mulá, Hafiz Mohammed Khalid Chishti, de colocar as páginas queimadas do livro sagrado junto com o lixo que a garota carregava, para dificultar o caso contra ela. O motivo seria que a igreja cristã da família da menina estaria incomodando suas orações. Assim, o mulá aumentaria a pressão contra os cristãos que vivem no local.
Mesmo inocentada, Rimsha teve que sair escondida da prisão e permanecer em local desconhecido para se proteger da população que ainda está contra ela. "Eu estou feliz com a decisão, mas minha preocupação maior ainda é com a segurança dela", diz Tahira Abdullah, ativista de direitos humanos. "Outros já foram inocentados antes, mas não viveram para contar a história", continua.
Há uma forte oposição de conservadores contra quaisquer reformas nas leis, que, segundo dizem os defensores, estão repletas de problemas, entre eles a dificuldade e falta de vontade de olhar as evidências de casos como esse.
Ah, e quanto ao mulá Hafiz, que provavelmente queimou o Corão e depois plantou as evidências contra a menina? Ele foi solto sob fiança. :/
Fonte: The Guardian.
RELIGIÃO: Dando as gaiolas para o "cerumano" ficar preso há milhões de anos.
ResponderExcluir