quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Uganda volta atrás na lei de pena de morte para homossexuais

A infame lei que previa pena de morte a homossexuais foi revista e alterada pelo parlamento de Uganda, é o que diz David Bahati, um dos seus congressistas, e que deveria ser votada agora em dezembro.

Segundo ele, a lei "se afastou da pena de morte após considerar todos os problemas que foram levantados", e por 'problemas' entenda-se a revolta e os protestos de praticamente o mundo inteiro.

A proposta original previa a pena de morte quando homossexuais infectados pelo HIV fizessem sexo, quando gays fizessem sexo com menores de idade ou deficientes físicos, e quando gays fossem pegos fazendo sexo pela segunda vez. A lei, que ficou conhecida por lei "morte aos gays", foi condenada mundialmente por vários líderes mundiais, inclusive o presidente americano Barack Obama.

A nova proposta, agora, já não fala mais em pena de morte. Segundo Bahati, "a lei agora foca em proteger as crianças de pornografia homossexual, proibir o casamento gay, o aconselhamento de gays, e punir aqueles que promovem a cultura gay". Ele prossegue dizendo que "haverá sentenças de prisão para várias ofensas", sem dar maiores detalhes. Eeerr... que bom?

David Bahati, autor da lei que previa
pena de morte aos homossexuais.
Apesar da lei ter sido amplamente condenada, aparentemente nenhuma nação ameaçou retirar sua ajuda ao país caso ela fosse aprovada. Somente a pressão popular parece ter sido a grande responsável por alterar os rumos de uma lei absurda que pretendia matar algumas pessoas apenas por serem ligeiramente diferentes da maioria.

A lei foi proposta inicialmente em 2009, introduzida por Bahati, quando ele disse que homossexuais estavam ameaçando os valores familiares de Uganda, e que gays vindo do Oeste estavam recrutando crianças para o estilo de vida gay e propostas de dinheiro. Ele disse na época que uma nova lei era necessária, porque as leis do período colonial não eram duras o suficiente.

Ativistas gays de Uganda, mesmo sendo obviamente contra a lei, disseram que ela teve implicações positivas, por dar visibilidade ao problema do preconceito e do tabu em torno do assunto, em um país varrido pela religiosidade e superstição, e onde ser homossexual significa vergonha não apenas para o gay e sua família, mas também para toda a nação.

Fonte: Associated Press

Um comentário:

  1. Essa é uma prova que a união faz a força, bom saber que a minha assinatura nessa petição contra essa lei absurda valeu de alguma coisa, pena que coisas assim não acontecem aqui no Brasil, aqui o pessoal se contenta em ser roubado por todos os lados porque tem o "sambinha, o futebol, o carnaval, o axé, o pagode, o forró de "prástico", o "sertanojo" e o funk "pancadão na mente".

    Mas enfim... ninguém leva ninguém a ser gay, o gay já nasce assim e a propósito... aqui no site tem um vídeo excelente de um rapaz de apelido "Pirula" que dá uma boa e sensata explicação sobre o porquê de um caboclo nascer gay (mesmo o vídeo tendo mais de meia hora eu o assisti todo)

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